"Ainda somos amigos, correto...?"
Olá! Como vocês estão? Aqui está chovendo... Espero que estejam com acomodados, viu? Hoje eu trouxe um jogo que é bem curto até, mas que dentro do tempo de jogo disse bastante coisa...
Cold Front é um jogo feito em RPG Maker MV por racheldrawthis do studio Investigrave (Dead Plate, Elevator Hitch). Com aproximadamente 2 horas (ou menos até), o jogo tem um foco mais na narrativa que em jogabilidade, é quase um visual novel, salvo elementos 2.5D no jogo. Com dois finais bem fáceis de obter, o jogo está disponível em inglês, coreano, chinês e português brasileiro graças ao Tea Party Project.
❄️ Sinopse
Augustine e Winnie sempre estiveram juntos durante toda a infância. Desde o ensino fundamental até agora, quando concluíram o ensino médio. Eles eram inseparáveis. Mas agora que Winnie foi aceito em sua universidade, ele logo deixará a cidade. Os dois decidem passar o último dia juntos antes de sua mudança. Não muito depois de entrarem no carro de Winnie, eles de repente se veem presos em uma nevasca congelante. ... Atualmente é julho. |
❄️ ANÁLISE
Ironicamente, Cold Front foi minha introdução aos jogos da racheldrawthis. E por mais que tenha jogos dela que conversam mais comigo que Cold Front, foi uma surpresa bastante agradável abrir esse jogo às cegas. Eu vou deixar o ponto mais forte, o roteiro, por último, para comentar sobre outros pontos que são tão bons quantos, mas que não me impactaram tanto quanto a história. Vamos começar então pela gameplay.
Este jogo foi feito para uma game jam como uma proposta ousada: fazer um jogo dentro de um mês. Dito isso, se você espera algo dinâmico... Vai ser um pouco decepcionante. Mesmo o único momento de perseguição proposto não é algo difícil de você lidar, e ele usa ainda menos dos tipos de mecânicas que vemos em muitos RPG Makers. Mas como ele é mais um visual novel, é apenas uma coisa digna de nota se você não curte algo parado.
Seguindo para a arte... O traço de rachel é bem característico e expressivo. Isso torna Augustine e Winnie personagens bem claros no que sentem. Não só isso, como eles também tem bastante gestual, tornando a dinâmica dos dois visualmente interessante. Enquanto jogava, por estar em live, eu também estava dando voz para cada um, então foi uma experiência bem divertida unir voz e desenho! Sobre como o jogo se porta, é bem raro ver RPG Makers que ousam em sua estrutura visual, então foi bem surpreendente ver algo mais puxado para a tridimensionalidade. E nos momentos de terror, incrivelmente, não houve uma necessidade para puxar para algo sangrento ou mais característico de um terror slash - então as coisas assustadoras vem mais do contexto narrativo que do apelo artístico - coisa que eu sei que a rachel sabe fazer - sendo algo bem... Refrescante (?) para quem não aguenta mais os recursos do slasher para causar impacto no espectador.
Por fim... A narrativa. Eu não tenho palavras para descrever o quanto Cold Front me tocou. Um jogo de menos de duas horas fala de uma coisa extremamente sensível, delicado e real: a lacuna que fica entre uma amizade quando as expectativas das duas partes são mudadas. Mudança é algo natural, mas coisas na vida de cada indivíduo pode causar ansiedade sobre as coisas ao seu redor. E aqui vemos uma amizade ao ponto de ruir por causa das ansiedades do protagonista Augustine. Tocar nesse assunto por si só faria muita gente refletir sobre o tema por horas, mas rachel fez ainda a ideia maravilhosa de fazer a gente "visualizar" a paranoia e os medos do personagem por meio do auxílio da arte, trazendo momentos bem impactantes sem sequer recorrer aos truques fáceis de terror. Seja fazendo ele escutar algo que Winnie não disse, ou alucinar coisas... rachel foi fantástica mostrando o mental arruinado de Augustine por causa de algo que ele não podia controlar.
E a coisa mais chocante de tudo? O final ruim deste jogo é uma alternativa completamente real também. Extrema, que não resolve o conflito dos personagens. Mas que existe.
Resolver as feridas do monstro que afastou eles, ou finalmente acreditar no monstro e se salvar acima de tudo?
❄️ CONCLUSÃO
Como eu mencionei, eu joguei Cold Front completamente às cegas em live, dando voz e interpretando a dupla de protagonistas. Então quando o auge narrativo ocorreu, a voz embargada de choro não era encenação. E mesmo agora, quando escrevo, meus olhos se enchem d'água com toda a situação. A temática não é universal como To the Moon para você se compadecer com facilidade com os personagens e entender a espiral de dificuldades que ambos enfrentaram, mas para quem tem um mínimo de identificação... Dói.
E por causa da ousadia e forma incrível que racheldrawthis levou esse jogo, não se assustem com postagem atrás de postagem de jogos do Studio Investigrave, porque eu fiquei muito curioso do que vinha pela frente. E já adianto: tem muita coisa que quero comentar sobre os jogos dela.
Página da tradução no Tea Party Project
Página do jogo em inglês (+ outras traduções)
❄️
Me desculpe, eu nunca deveria ter te deixado se machucar...! (Mais)
- Neil
😎
ResponderExcluirEsse jogo é maravilhoso
ResponderExcluirObrigado pela postagem, Neil!
ResponderExcluirBells!! Quanto tempo!! Obrigado por comentar!
ExcluirSempre estou acompanhando as postagens de vcs S2
ExcluirEles lembram o Reki e o Langa de SK8
ResponderExcluirObrigada pela postagem!!!
ResponderExcluirTava atrás desse jogo
ResponderExcluirnunca chorei tanto por um jogo faz tempo, eu amei^^
ResponderExcluirEu joguei em setembro e ainda choro
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