quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Divinity Fatum

 "Que tipo de mundo você deseja?"

Olá corpses.

Então estamos começando o ano com mais uma postagem da Rina. Espero que todos tenham passado por uma boa virada de ano e que a partir de agora os novos dias possam lhe trazer novas oportunidades. Sinceramente, estive lutando contra mim mesma por um bom tempo para não jogar este jogo. Ele tem gráficos extremamente atraentes e esse talvez seja uns dos aspectos que mais chama a atenção da minha mente, porém quando lia a sinopse me desanimava, porque é um tanto repetitiva a ideia de uma protagonista sem memória. Entretanto, não se engane com isso! Divinity Fatum passa bem longe do que estamos acostumados.

Atenção! Este jogo contém:

Intensa violência e fantasia
Derramamento de sangue animado
Violência sexual
Breve nudez
Temas sexuais
Linguagem forte
 ●●●

Divinity Fatum é um jogo horror e psicológico de aventura criado por GreyInvidia, mesmo autor de Townlore, no RPG Maker VX Ace com uma jogatina de aproximadamente de 2 até 4 horas. Era inicialmente um fangame de Yume Nikki. O jogo no momento não apresenta nenhum final e ainda está para ser totalmente terminado.

 【Sinopse】

A protagonista da história - cujo o nome não estamos concebidos a conhecer - encontra-se em uma desolada cidade sem fim. Não se lembrando de nada sobre si mesma, nem sabendo como ela terminou neste lugar, sua única escolha é vagar em torno do local na esperança de encontrar uma maneira de escapar. Em sua jornada ela encontrará certas pistas que a levarão, lentamente, a uma resposta do que é esta cidade e mais importante: Quem, ou melhor, o que ela realmente é.
  

  


『Análise 』



???

No jogo, assumimos o controle sobre 
a protagonista feminina sem nome.
A história gira em torno de,
lentamente, ela descobrir quem é. 
Por causa disso, não há
necessidade de descrevê-la.
 ●●●
⟪ Outros personagens aparecerão conforme o desenvolvimento do enredo.
Porém, no momento, encontram-se como uma maneira de spoiler.


 【Introdução】

Não foi de primeira que eu me apaixonei pelo jogo, já que ultimamente enredos repetitivos tem sido bem mais frequentes (já que são os que geralmente ganham mais consideração) e nunca foram os que mais me chamavam atenção. Mas, digamos que esse game foi um pouco a mais do que eu esperava. Aviso desde o início que o jogo é divido em três atos. Nesta postagem irei comentar sobre o primeiro ato e o segundo.


Divinity Fatum nos trás uma pegada parecida com Yume Nikki na parte da exploração, então o jogo pode acabar sendo tedioso para os jogadores que preferem a história mais nítida durante a jogatina, porém o autor, como não é maldoso, escreveu uma Walkthrough (em inglês) para os mais interessados apenas no enredo.

「Gráficos 」

Este é o aspecto que mais chama as atenções quando alguém interessa-se por Divinity Fatum e isso não é necessariamente uma maneira ruim de conseguir jogadores, já que quando o enredo não é ruim acaba chamando ainda mais a atenção para a obra. Embora, deve-se admitir, que o autor não peca nem em design de personagens quanto menos na ambientação magnífica apresentada durante o desenvolvimento. Há uma beleza obscura em cada representação, em cada cenário e até mesmo em mapas que não são ambientados com objetos apenas espalhados; cada um é projetado de maneira específica para cada momento da trama. Alguns mapas até terão pedaços da calçada voando pela tela como se fossem de verdade e uma lua tão real quanto seus mais vívidos sonhos. Memórias da personagem serão retratados como uma imagem de televisões antigas e também com bordas brancas, deixando ainda mais com uma cara de um sonho distante, uma lembrança que já não é possível de acessar.




「Trilha Sonora 」
  
Até mesmo a trilha sonora não decepciona o jogador durante sua jogatina. O autor não a utiliza como maneira de assustar quem joga como a maioria dos outros autores (embora isto não seja algo ruim ou bom, depende de como se trabalha com) e sim coloca elas como uma maneira de trazer uma certa paz que poderíamos classificar como estranha. Estranha porque o jogador sente-se como em um sonho, como se estivesse ouvindo uma canção de ninar de um ente querido e que pode até mesmo trazer um sentimento de tristeza caso preste muita atenção. Ainda que não mudem com frequência na primeira parte, devido aos momentos de exploração na cidade, elas muitas vezes conseguem não se manter como algo repetitivo dentro da cabeça, já que são suaves aos ouvidos e calmas trazendo tranquilidade consigo, deixando os jogadores mais propensos a jogar com mais entusiasmo.

Embora, claro, exista momentos em que elas podem acabar dando uma certa agonia no jogador e em suas emoções com toques um pouco mais violentos e também mais assustadores em situações que cobrem por essas trilhas, o que as tornam uma das peças mais destacáveis nas horas de maior terror. Estas partes deixam uma pontada mais profunda no coração de quem joga e simplesmente este não pode evitar de sentir aflição ou desespero naquela condição da cena. É um dos detalhes que destacam o jogo em estados mais psicológicos provando que nem sempre um autor precisa utilizar sustos e sangue por todos os lados para paralisar seus telespectadores de puro medo, ainda que estes auxiliem bastante para criar a oportunidade aterrorizante perfeita.


「Personagens 」

Embora esteja proibido comentar especificamente sobre cada um dos personagens que o jogo apresenta para evitar que a trama do jogo inteiro seja revelada (já que eles são a chave para esta), não é pecado falar deles de maneira geral. O autor desenvolveu a característica de cada um de maneira bem única e até mesmo a nossa personagem principal, que inicialmente parece um ser sem pensamento próprio, aflora sua personalidade conforme a história progride. Eles possuem, pelo que é possível perceber, um caráter que é diferente daqueles instintos assassinos ou presença totalmente pura e inocente que estamos acostumados a acompanhar em muitos jogos, podemos dizer que eles tem uma áurea realista. Seus sentimentos não são simplesmente como de bonecas sem vida que os personagens costumam ser, são parecidos com que acompanhamos em pessoas do nosso cotidiano.




「História 」

A trama é uma das peças que mais engana em todo o jogo. A primeira parte da jogatina é preenchida com exploração, uma cidade chuvosa e uma protagonista sem nada além de uma espada em suas mãos, porém para aqueles que tem a perseverança nas veias de continuar mesmo parecendo totalmente entediante (embora a experiência de sentir-se perdido, tentando localizar-se através de um mapa em um lugar que é totalmente imprevisível, seja o "carro chefe" dessa parte e seja um dos aspectos mais atrativos do jogo), o enredo mostra-se como uma caixinha de surpresa que foi por caminhos inimagináveis, a qual o jogador sequer teria pensado olhando para a personagem.  

E como um jogo do gênero psicológico ele também não decepcionou. Divinity Fatum explora assuntos que sempre foram umas das grandes incógnitas da mente humana como: "O que nós consideramos como paz?" ou "O mundo utópico, o qual todos sonhamos, realmente funcionaria no estado atual da humanidade?". A temática, que acaba sendo mais complexa do que imagina-se, de cada uma das lembranças da personagem vai bem além do que jamais foi explorado em um jogo de RPG Maker e sempre tem alguma reflexão por detrás de cada uma, tendendo a considerar a visão humana sobre o mundo atual e até mesmo sobre o mundo de antigamente.

「Mecanismos 」

Navegação

Procure pelas placas das ruas para saber onde você está atualmente.

"Intuição": sistema que te mostra as direções onde as pistas disponíveis estão.

Para ativar o sistema "Intuição" ou desativar, aperte W, ou escolha "Intuition" a partir do menu das "Pistas".

 Indo para cima para baixo em uma encruzilhada transfere o personagem na correspondente e perpendicular rua. 
Isto é de extrema importância ao tentar explorar ao redor da cidade.


O foco principal de Divinity Fatum, na primeira parte, é a exploração, porém não aquela exploração que exige apenas checar algumas vezes um lugar ou outro e sim aquela que vem exigir do jogador um pouco mais de lógica. Recebemos em um dos quartos um mapa que, não precisamente, indicará o caminho pela cidade (esta informação não é um spoiler, pois ele é encontrado bem no início do jogo), porém o lugar não deixará que descubram todos seus segredos facilmente, ela pedirá por um pouco de esforço. Muitos locais com informações importantes para a personagem não estarão precisamente dentro do plano e podem simplesmente aparecer conforme for progredindo na trama.




O autor aconselhou que para não perder muito tempo da jogatina seria recomendado que não fique checando cada coisa do mapa como os posters ou até mesmo a janela, já que a personagem não irá dizer absolutamente nada. O jogo também pede que o jogador encontre todas as memórias perdidas, que estão tanto pela cidade quanto em outro locais que aparecem e foram apelidadas de "clues" (pistas em inglês), da personagem para que ele possa te encaminhar para a terceira parte, já que para a segunda parte você consegue ir sem precisar de todas elas. Então, ele não exigirá seu raciocínio em puzzles e sim na exploração (já que o jogo não tem nem um) e seu objetivo parece claro: Encontre uma maneira de sair e descubra quem você realmente é.

 ●●●

A terceira parte do enredo não posso comentar nada sobre, porque nesse ponto do jogo o jogador já sabe boa parte da história, então seria um pouco "estraga prazer" da minha parte comentar sobre qualquer aspecto, até mesmo dos cenários, porém aviso de antecedência que o autor, mesmo depois de explorar muitas coisas durante a primeira e a segunda parte, ainda consegue achar algum elemento novo para deixar um mistério a mais no enredo.



 【Conclusão】

Divinity Fatum pode até não ser a primeira opção de jogatina de muitos jogadores, como foi no meu caso que demorei muito tempo ignorando esse jogo, mas sua trama, sua temática, seus cenários e até mesmo os personagens não dispensam comentários bons e elogios por parte de qualquer um que jogue. Embora eu acredite que ficaria um pouco mais ornamentado caso o autor tivesse investido em algumas partes dubladas que deixam um pouco mais chamativo o jogo. O design da personagem principal e algumas partes dos cenários me lembraram bastante do anime de horror Deadman Wonderland e acho que esse foi um dos motivos para não tocar no jogo, já que imaginei que a história seria parecida com a animação. Ainda que eu tenha fugido de Divinity Fatum por um bom tempo parece que ele ainda conseguiu me alcançar e agora temos essa postagem. Por isso, sempre recomendo que os jogadores busquem além do que o jogo aparenta lhe apresentar, já que muitas vezes você pode se surpreender com a quantidade de RPGs que não são exatamente o que a primeira impressão deles aparenta ser.


"Individualidade é odiada, assim como aqueles que a demonstram.
Por que...? Isso não é um sinal de personalidade?
Uma prova de ser um verdadeiro ser humano...?"



Requer RPG Maker VX Ace ( Faça o download aqui )



~Rina

38 comentários:

  1. (Dúvida se Vai Baixar ou Não)
    ............................
    Axo ki vuo baixa e jouga o Jougo :3
    Ótimo Post!!!!

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    1. Muito obrigado ^^ Espero que se divirta jogando (ou até passando um pouquinho de raiva).

      ~Rina

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  2. Futuramente faço um gameplay desse jogo.

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  3. O Jogo é Muito Amendrontador Mais Um Pouco Irritante Pois A Personagem Principal è Muito Lerda e Lenta , È Na Minha Opinião Achei o Jogo Muito Aberto Você Fica Sem Saber Por Onde Ir e Com a Personagem Lenta Piora Tudo Ela Ate Anda Mais Rapido Segurando o Shift Mais Quase Não Muda Nada , Isso So Me Faz Fica Irritado e Parar De Jogar !!!

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    1. Mais o Jogo Aborda Uma Historia Otima e Um Belo Grafico !!! Mais Isso e So Minha Opinião Ft : Anônimo

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    2. Olha, já tive a experiência de jogar com outros personagens de outros jogos que são mais lentos que ela. Como expliquei na parte "Mecanismos", o jogador tem a opção de ativar o "Intuition" que indica para qual rua você deve ir, embora eu nesta primeira parte ache mais graça de ficar perdido rondando a cidade.

      ~Rina

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  4. Bem que vocês podiam traduzir, os gráficos são perfeitos!

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    1. Ainda não posso dizer nada sobre um futura tradução, porque o jogo ainda não foi terminado.

      ~Rina

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  5. Agora que fiquei com vontade de dar uma revanche nisso, não sabia passar do Ato 1. Pena que o cabo de força do meu PC tá quebrado e só posso usar o navegador do meu Wii U. Tô muito puto da vida com isso ;_;

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    1. Isso é uma pena, Vinicius. Nas primeiras atualizações o jogo realmente não ajuda nas jogatinas.

      ~Rina

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Oláa~ Vim parabenizar vcs pelo site maravilhoso onde eu baixei mts dos jogos q eu gosto mtt <3
    Queria saber se vcs ainda fazem traduções, se sim eu vim sugerir dois jogos q eu gostaria mt de encontrar em português, Disgaea (um RPG baseado em luta em turnos) e Angels of Death (q é bem no estilo dos jogos RPG Maker q vcs traduzem aki no site)
    Pensem c carinho, se precisarem de ajuda no site eu estou me candidatando tbm :D kkkkkk

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    1. Muito obrigada ^^ Ainda fazemos traduções sim. Talvez eu indique Disgaea, porém Angels of Death é pago e ainda não traduzimos jogos pagos, pelo menos no momento.

      ~Rina

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    2. Se puder nos indicar que tipo de Disgaea você está falando, eu agradeceria. Fui pesquisar e tudo que achei foi um jogo pago não-RPG Maker. E além de pago, se não for RPG Maker, nem há como nossa equipe traduzir.

      Angels of Death caiu na nossa Blacklist pelo caso curioso de apenas a versão japonesa ser de graça. Demais idiomas são pagos.

      Sobre ajuda no site, abrimos vagas para tradutor e redator geralmente no meio e no final do ano. Acabamos de fazer um recrutamento então pedimos paciência caso realmente queira fazer parte da equipe.

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    3. q sad :cc n sabia q vcs SÓ traduziam os jogos do rpg maker ;+;
      O disgaea e o angels of death eu baixei os dois em inglês e de graça em um site chamado igg games (lá tem muuitos jogos, talvez tenham alguns q interessem a vcs)
      Sobre as vagas vou ficar atenta ao recrutamento no meio do ano
      Obg por responderem tão rápido ;3

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  9. Será que a tradução é simples a ponto de jogar com google tradutor?

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  10. Por acaso, alguém já viu o Sunahama do site do Mogeko hoje?

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  11. O jogo parece muito bom, realmente é muito meu estilo. Já havia ouvido falar dele antes (justamente quando procurava por fangames de Yume Nikki, então não me surpreende que inicialmente seria um) e fico feliz em ver que não sou a única que se lembra de Deadman Wonderland ao ver a protagonista xD
    Parabéns pela postagem, Rina, está muito boa. Realmente adoro ver reviews que não dão spoilers mas conseguem lhe chamar atenção para o game em vários aspectos ;)

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  12. sexo ? hmm não posso jogar ;-;

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    1. Não têm sexo explícito, apenas cenas com falas um pouco mais adultas.

      ~Rina

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  13. teremos traduçao desse jogo algum dia ?

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  14. AAAAAAA vou jogar agorinha mesmo! O jogo parece tão bom! x3 Espero conseguir passar do Ato I... porque não me dei muito bem com Yume Nikki por causa disso... fiquei tão perdida e não tive paciência pra continuar ;;
    Mas obrigada pela indicação~ >.<

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  15. Maravilhoso esse jogo! Gosto muito do g^nero de RPG maker e tds q eu ja vi nenhum foi tão imersivo, crítico e reflexivo sobre sua temática.
    Só me doeu muito quando eu descobrir que ainda está na versão demo.
    Nossa, q dor do coração! ;_;

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  16. Estou tendo problemas na extração do arquivo, alguém sabe como resolver?

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  17. Será que alguém tem link do jogo de Angels of Dead (Satsuriku no Tenshi) ou pelo menos a tradução?

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  18. Alguém sabe quando vai dar a versão completa?
    A propósito, parabéns pela tradução!!

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