sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Como Mad Father conseguiu se tornar tão marcante?

Você provavelmente conhece Mad Father. É um dos jogos de terror mais famosos já feito em plataformas de RPG Maker, e o preferido de muitos. Mas o que Mad Father tem que o fez tão famoso e único?



     Aloha, Corpses! Aqui é o L.C. novamente, e irei fazer algo um pouco diferente essa semana. Inspirado pela postagem clássica da Kanako sobre Ib (Por que amamos Ib?), eu decidi escrever sobre outro jogo muito popular que cativa e comove todos que o jogam, a fim de tentar mostrar como ele consegue encantar muitos com uma história simples e complexa ao mesmo tempo. Eu sei que a Kanako também já escreveu sobre Mad Father (Mad Father: Comentários) ano passado, mas, enquanto ela falou sobre um ponto de vista próprio de dentro do jogo, eu irei abordar o outro lado da moeda de um jogo de RPG Maker ou Wolf Editor: a sua popularidade com os jogadores, o lado externo. Por isso eu aviso que as duas postagens não são iguais, apesar do mesmo tema. Espero que gostem do texto e deem suas opiniões.

Alerta: spoilers pesados à frente! Se você não jogou ainda, a grande Charlotte (anteriormente Allen) traduziu para vocês e disponibilizou em português no período do Natal passado (e recomendo jogar antes de ler abaixo):  Tradução: Mad Father 


✺ Garotinha indefesa? ✺

Um rosto de mil sentimentos. Créditos.
     Pense em todos os jogos de terror do RPG Maker protagonizados por uma mulher em dez segundos. São poucos? As garotas, vistas como o "sexo frágil", ou "delicadas" e "indefesas" são uma ótima escolha dos desenvolvedores de jogos para provocar uma necessidade de proteção delas por parte dos jogadores. Se for uma criança ou adolescente então, melhor ainda. Você vai querer defendê-las e salvá-las. Longe de ser machismo, essa estratégia é ótima para fazer com que o jogador se preocupe e se apaixone pela personalidade sensível de uma personagem facilmente.
     Essa característica inicial, aliada à infância nem um pouco conturbada de Aya (uma menina abandonada à própria sorte em uma mansão amaldiçoada repleta de experimentos vivos, animais raivosos e bonecas tentando matá-la, sem ninguém ao seu lado além de sua serra elétrica - e um coelho que mais parece um item normal para utilizar do que um animal de estimação - exatamente no aniversário da morte de sua mãe, assassinada por seu pai que a traiu com a ajudante de laboratório) unidos ao mistério que cada personagem carrega consigo, tornam a gameplay um misto de emoções e sentimentos.
A garota predestinada a ficar sozinha. Créditos.
     Ao jogar Mad Father, todos ficam impactados com esses eventos. Exceto Aya. Apenas tendo em mente o objetivo de salvar seu pai, sem saber dos segredos que ele guarda, sua ingenuidade é o que a guia não apenas para a maldição que sua mãe produziu (afinal, nada melhor para proteger sua filha do que amaldiçoar a casa dela, certo?) mas sim para a maldição do futuro. Aya não tinhas escolhas a não ser sofrer as consequências dos atos de seus familiares, Monika e Alfred Drevis: ou morria para se tornar uma boneca, ou vivia para se tornar uma assassina. Algo que surpreendeu a todos os jogadores também. 

     E Sen (criador de Mad Father) tomou uma atenção especial para a inocência de Aya ficar extremamente evidente. Logo no início da narrativa, Aya diz que seu pai "é um cientista", mesmo sabendo das atrocidades que ele cometia em seu laboratório - "um cientista louco" talvez sejam palavras que condizem melhor com a realidade do que cientísta, mas Alfred não era visto dessa maneira por sua filha. Talvez ela até o considerasse seu herói, a inspiração para seu futuro, por todo o amor que a ela foi dado (nos flashbacks é mostrado alguns bons momentos que os dois passam juntos, mas todo o carinho e afeto que Alfred deu a sua filha nunca foram reais. Seus únicos objetivos ao ter uma criança eram transformá-la em uma boneca inanimada), o que a levou a pegar o "livro vermelho" dele que surge no chão após a mansão ser incendiada, quando Aya e Maria fogem juntas. O que quer que esteja escrito no livro, (dizem que o livro é sobre... "anatomia humana") conseguiu mudar a cabeça da garota, aliado à Maria, para que ela se tornasse uma "cientista" ao crescer, seguindo o modelo de seu pai.

Créditos
  Maria e Aya, portanto, possuem muito em comum. As pessoas têm tendências a gostar mais de Aya do que de Maria, mas ambas sofreram com sua inocência por acreditar no falso amor de Alfred por elas! E Maria maneja facas com perfeição para salvar alguém que queira, enquanto a garota de laço rosa parece ter uma serra elétrica só de enfeite.
   Entretanto, Aya simplesmente não se entrega aos perigos que a rodeiam. Ela usa toda a sua coragem e astúcia para sobreviver em seu próprio lar. Pense, em vinte segundos, em todos os jogos de terror do RPG Maker protagonizados por uma mulher que utiliza algum tipo de arma, sem ser Yume Nikki ou respectivos fangames. São menos ainda! Aya, fraca e solitária, jamais desiste por causa de seus obstáculos, pois ela precisa encontrar o pai! Munida de uma serra elétrica que ela não usa em momento algum pra autodefesa, já que serras elétricas foram feitas pra cortar presunto e quebrar caixotes, logicamente, a garota pode ser vista como outra líder do girl power, por enfrentar tudo o que vier à sua frente. Todos esses elementos fazem com que seja impossível não gostar da jovem Aya. (que, com apenas 10 anos, conseguia ser muito mais corajosa que você nessa idade)
        Ou seja, quando Sen conseguiu fazer com que o jogador se apegasse completamente à protagonista de Mad Father, todos os outros personagens que fizessem algo a ela, seja isso bom ou ruim, seriam automaticamente amados ou odiados pelos jogadores.
       Incertezas e finais que não sejam concretos fecham com chave de ouro o sentimento de um jogador pelo que ele está jogando, o que leva a muitas teorias e discussões. E, vejam só, Mad Father tem um final assim! Tudo isso, sem contar os gráficos sombrios e a trilha sonora melancólica, já é capaz de emocionar os jogadores, você ainda precisa de mais motivos para considerar esse jogo marcante? Muito bem então, vamos lá.


✺ Família unida e amada ✺

     Já que estamos falando de Mad Father, um dos jogos com personagens mais singulares de todos os tempos, acho justo falarmos sobre as relações entre cada figura com cada jogador. Começando pelo Alfred Drevis, o único sociopata dos horror RPG Maker games que não é amado pelo público (exceto quando grita pela Aya no fim do jogo... Aquela voz...), o sujeito que, mesmo só passando os dias no laboratório testando partes corporais humanas para confeccionar bonecas, consegue dinheiro para financiar uma mansão sabe-se lá como. Há muito a se dizer sobre Alfred, mas o que faz com que as pessoas o considerem alguém tão hediondo? 
Créditos
          Sen trabalhou muito bem o mistério da morte de Monika Drevis, mantendo essa dúvida na mente dos jogadores por quase a maior parte do jogo: "se a morte foi mesmo por uma doença, por que seu espírito voltou e amaldiçoou as cobaias do pai de Aya?". Assim, quando é revelado o verdadeiro motivo, não estamos preparados para saber que Alfred matou a própria esposa e pretende transformar nossa queridinha Aya em uma boneca, não temos tempo de processar essas ideias e pensar de maneira racional depois de uma revelação tão surpreendente. Como Sen consegue deixar os jogadores assim? Se sabemos que ele é um assassino, por que achamos inesperado que ele vá perseguir a própria filha?
           Durante alguma parte do decorrer do jogo, a maioria dos jogadores ainda não desenvolveu uma opinião concluída sobre Alfred Drevis, já que Aya diz a todo momento que não pode se desviar do foco de salvá-lo e todos os momentos em que os dois estão juntos ele parece um pai "normal" (os jogadores não sabem se Aya estava cega por salvar Alfred por amor fraternal ou para provar que tinha independência e maturidade para poder trabalhar com ele. Vimos em um flashback que ela morria de vontade de poder usar sua própria serra elétrica...). Até certo ponto do jogo Sen havia conseguido fazer com que o jogador se apegasse o suficiente a Aya e que se preocupasse pelo menos um pouco com o pai dela nas mãos da mãe. Por mais que fizesse coisas terríveis com suas cobaias, ele não havia feito nada de ruim à Aya, e era ela que tentávamos proteger a todo custo dos experimentos do pai. Então, somos surpreendidos pela revelação da morte de Monika e, apenas a partir daí, passamos a temer quase instantaneamente o louco da serra elétrica. Pra falar a verdade, antes de tudo ser revelado no final, não sabemos quem temer mais: o pai sanguinário ou a mãe vingativa que Aya tem. Casos de Família.

Eu sei que você shippa. Créditos.
            Outra grande incógnita de Mad Father é Dio o único cobaia sofredor que não dá Gemas. Qual o motivo de todos o amarem tanto? Sua primeira aparição foi quando Aya acaba de ver dois testes de Alfred, mais parecidos com monstros do que com seres humanos, e ele indica o caminho para escapar. Aya não vai seguir um desconhecido, lógico, então pergunta quem ele é ao invés de fugir (uma decisão muito sensata nessa situação), percebe que ele não tem um olho, fica apavorada e corre para o lado oposto, então conhece Ogre, que explica sobre a maldição. O encontro seguinte dos dois é quando a garota está um pouco mais madura e adaptada a tudo que acontece em sua casa, e a primeira coisa que Dio diz é: "Não se preocupe. Eu sou seu aliado.", tentando, novamente, convencer Aya a fugir com ele. Ela recusa, dizendo que precisa salvar seu pai e ele exige, sem vitória, que a garota desista de seu pai, antes de ser esfaqueado por Maria ao começar a falar que alguém pediu a ele para "fazer isso". No fim, Dio surge do nada e dá a última facada em Alfred, antes que ele ataque Aya e Maria. Isso mesmo, Dio, com apenas um olho, percebe que o pai de Aya vai atacá-la antes mesmo de ela perceber.
          Há muitas teorias que explicam esses acontecimentos a respeito de Dio, porém o mais impensável é que Monika Drevis usou o corpo de um cobaia jovem e bonito para persuadir Aya a ficar o mais longe possível de seu pai. E, se você analisar essas aparições do garoto loiro, até pode considerar plausível. Afinal, entre todas as cobaias de testes de Alfred Drevis, porque Dio foi o único que se aliou à Aya para salvá-la do cientista louco? Talvez o fantasma de Monika tenha feito contato com o menino caolho para que ele tentasse tudo para salvá-la, ou talvez ela tivesse se apossado de seu corpo para fazer isso, não podemos deixar de considerar uma teoria. Dio sempre age de maneira evasiva quando Aya fala sobre sua mãe com ele. Quando se trata da loucura de Monika Drevis, somos incapazes de pensar do que ela é capaz de fazer para proteger a filha ou ficar junto do marido.
     A lição que Sen quis passar com Mad Father é que a maldade e a loucura, por mais camufladas ou imperceptíveis que sejam, estão presente em todos, caminhando lado a lado. Alfred era um louco cruel, Monika se tornou sedenta por vingança, e Maria - levada por seus sentimentos por Alfred - tomou seu lugar após a morte deste, assim como Aya pode ter feito. E, não importando o tamanho das boas ações que cada um fez (Alfred tirar Maria das ruas, Monika amar a filha a ponto de se sacrificar por ela, Maria ser leal a seu doutor até o fim e Aya fazer de tudo pra salvar seu pai, ajudando diversos experimentos desabrigados dele por sua trajetória), eles foram dominados pela maldade.
          Então, para finalizar, podemos dizer que Mad Father é uma enchente de feelings tão marcante não apenas por causa do básico: gráficos, músicas, inovação na história e nos personagens; mas, sim, por algo mais profundo e sutil que consegue tocar os jogadores: a dó e compaixão que sentimos por vítimas da loucura.
          Mad Father pode se assemelhar a uma fila de peças de dominó empinadas onde cada peça é um personagem. Quando o primeiro se entrega à loucura e crueldade, ele cai derrubando os próximos. Um a um vão caindo, até que não reste mais ninguém em pé. E podem até haver outros modos de essa brincadeira terminar, mas todos levarão ao mesmo lugar: um imprevisível Bad End. Créditos da Capa para Little Glass.

~ L.C.

46 comentários:

  1. Hey, L.C.!
    Ótimo post!
    Oh', que curiosidades incríveis!
    Essas piadas que você incluiu ficaram tão... (insira um adjetivo incrivelmente lindo aqui).
    Obrigada pelo post~
    Continue assim!

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    1. Aloha, Mii!
      Eu que agradeço por um comentário tão espontâneo com agradecimentos tão vívidos!
      Mad Father é muito intrigante... e um pouco de humor não faz mal a ninguém, não é mesmo? "Essas piadas que você incluiu ficaram tão..." ...Mii, porque a Mii é incrivelmente linda!
      Continuarei assim.

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    2. Quem é essa Mii???

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  2. daora o post, meio q mostrou um lado q eu não tava vendo sobre a história
    e mo [menos?] me bugou ;-; scrr

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    1. Sim, podemos olhar essa história por muitos pontos de vista... E que bom que você gostou do post, obrigado! Quis escrever algo diferente essa semana.

      Achei o site do [menos?] muito aleatoriamente e quis adicionar no final para vocês HEHEUHEUHEUHEUEH'

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  3. caramba,adorei o post,ri muito com ele e vc escreve muito bem,parabens

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    1. Poxa, obrigado, Lorena! <3
      Há tanto o que se falar sobre Mad Father... Uma pessoa especial me aconselhou a deixar meus textos mais extrovertidos com um pouco de humor, que bom que deu certo, né?
      Valeu pelos agradecimentos e por comentar!

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  4. purisso o pai dela mato a aya com outra ropa ou n

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    1. Antes de começar a perseguir a filha, o pai da Aya diz que ela poderá usar quantos vestidos quiser [quando for uma boneca].

      Então, como ele devia acreditar que as bonecas possuem vida (ou pelo menos as que ele fez com corpos humanos), ele não deixaria a Aya-Boneca usando a mesma roupa da Aya-Morta. Não sei se faz sentido, mas o que você acha?

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  5. Ótima postagem LC.
    Uma melhor que a outra.

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    1. Obrigado, Garry.
      Não estou fazendo mais do que a minha obrigação.

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  6. "Eu sei que você shippa." Oh não! Como você sabia? HAUAHUAHAUHAUHA (mesmo eles só se vendo três vezes durante o jogo não tem como não shippar <3)
    Mas o maior mistério do jogo sempre será: por que temos uma serra elétrica e não matamos as cobaias?
    Ótimo post L.C.!

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    1. Só quem for extremamente insensível não conseguirá exprimir uma mísera reação aos esforços de Dio pra salvar Aya quando TODOS os outros personagens do jogo nem se importam com ela. Deve ser por isso que amamos tanto o Dio: mesmo aparecendo pouco, ele consegue se tornar único. <3

      Não sei você, mas se eu fosse a Aya com aquela serra elétrica sairia massacrando tudo pela frente. EU ACABARIA COM A MALDIÇÃO À FORÇA.

      Obrigado por comentar, Mari! Fico feliz que tenha gostado. ^^

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    2. Então eu devo ser "extremamente insensível", pois eu não gostei do Dio... Fazer o que, minha natureza não me permite gostar dele.

      É isso

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  7. atençao spoiler nao leia se nao quiser saber o final minha pergunta como consegue o final que a aya vira boneca

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    1. morrer para o pai pelo menos foi assim q consegui

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    2. Você precisa jogar todo o jogo SEM ler o diário da Maria, então na cena final você deve salvar seu pai ao invés de deixá-lo com sua mãe. O resto do jogo é normal, te levando ao final que o pai pega Aya e a transforma em boneca.

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  8. Primeiro... Como você consegue ler a minha mente sem nem conhecer-me?
    Segundo... Seu modo de escrever é apaixonante.
    Terceiro... Esse post faz-me pensar que, mesmo se você jogar algum jogo, haverá coisas que você não perceberá e é muito bom perceber que você deixou uma coisa tão interessante passar despercebido, quando você lê estas informações...
    As opiniões fascinam a muitos... Eu sou parte desse "muitos". -q
    Interessante saber as suas.

    Enfim,

    Grata a você por escrever estas coisas, até a próxima.

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    1. Hehehe, eu apenas tentei interpretar as "pistas" que Sen deixou aos jogadores pra fazer com que eles se apegassem ao máximo possível a seu jogo. Há apenas um modo de jogar um jogo, mas são inúmeros os jeitos de vê-lo. Escolhi Mad Father especialmente por ser bem exótico e possuir algum elemento complexo que o marca fortemente na memória de quem o joga. Mas muitas vezes é difícil explicar qual é esse elemento, ainda mais por todos que o jogaram sentirem igualmente. Quando Mad Father termina, é da natureza de todos os jogadores ficar por um tempo sem se mexer, tentando absorver tudo o que acabou de vivenciar no jogo.

      Muito obrigado pelos elogios, continuarei escrevendo assim! Eu que agradeço por você entender o que quis revelar. Até a próxima.

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  9. Sua conclusão ficou meio sem sentido, sobre o "imprevisível" foram palavras bonitas, mas mal colocadas, maaaaas o texto foi ótimo em geral quanto ao Dio eu concordo, ele ajudava tanto a ela, como se fosse um familiar, eu queria saber o que o pai de aya é, se pegar todas as gemas no final revela que nem humano ele era... Tem alguma teoria?

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    1. Obrigado por comentar!

      Bem, o que eu quis concluir ali foi que o futuro de Aya já estava traçado pelas ações de seus pais, e nada que ela pudesse fazer mudaria seu destino. Sen criou uma história tão bem-planejada que mesmo o mais criativo jogador não conseguirá pensar em um final pra Mad Father que não seja trágico.

      Porém, algo impossível é prever como será esse Bad End, que sabemos que existirá, mas não sabemos como. O único final previsível é o em que Aya morre e seu corpo se torna uma boneca, mas nunca saberíamos dessa história das bonecas se ela não nos tivesse sido revelado no meio do jogo.

      Sen nos ocupa tanto com a preocupação de Aya no presente, que esquecemos de nos preocupar com ela no futuro, e essa é a tática dele pra fazer um Final Verdadeiro que deixaria qualquer um surpreso. Essa imprevisibilidade surpreende, entende?

      Sobre o Dio, é provável que talvez ele seja o maior mistério do jogo. Eu quis só dar uma breve citada nele porque há tanto o que dizer sobre esse personagem, que se eu realmente escrevesse tudo, a postagem ficaria mais prolixa do que já está. -q

      Quando eu escrevia isso eu desenvolvi a teoria de, na verdade, haver um clone do pai da Aya durante o jogo. Um clone bonzinho, sabe? Como se as duas personalidades de "Pai-bom, pai-mau" na verdade fossem duas pessoas diferentes, mas eu acho uma teoria meio viajada... UHEUHEUHEUHE Talvez tanto o pai de Aya quanto Ogre pertencessem à mesma "realidade" fora do mundo dos humanos...

      Enfim, o que você acha?

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  10. "Eu sei que você shippa" Shippo mesmo, poha! Tem como não shippar? Fiquei de coração partido quando ele ficou na mansão em chamas e ela fugiu :'c Ok, Mad Father fez exatamente o que foi por você descrito: fez com que eu quisesse proteger a jovem e indefesa (indefesa é uma ova) Aya e detestasse qualquer um que lhe oferecesse algum risco e acho que por isso, quando ela ficou "louca" no final, eu fiquei revoltada! Que final mais... imprevisível. Mesmo assim ótimo jogo e ótimas palavras as suas. ^-^

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    1. Desculpe por só te responder agora, Jheni. Deixei seu comentário por último como um "grande finale", espero que isso não tenha te incomodado. Enfim, adorei seu comentário, fico feliz que tenha gostado dessa postagem e entendido os meus pontos de vista a respeito das estratégias do criador de Mad Father. Exatamente! Ninguém iria prever algo assim. Você também usou ótimas palavras, muito obrigado por comentar! c:

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    2. Claro que não me incomodo, aliás, é uma honra ser seu grande finale >.< Impossível não gostar do ótimo post sobre um dos meus jogos favoritos. ♥

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  11. ''Como Mad Father conseguiu se tornar tão marcante?''
    Diferente de Ib. Mad Father é bom.

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  12. Ótimo artigo. Eu amo Mad Father demais e eu não conseguia acreditar que ela realmente havia virado uma psicopata igual ao pai em um dos finais. Fiquei bem triste por isso.
    Os gráficos e a história deixam o jogo realmente bem marcante. Acho que o único jogo que é tão bom quanto Mad Father, na minha opinião, é o Castelo Mogeko (ele é bem engraçado em algumas cenas, a história e os gráficos também são ótimos).
    E sobre o Dio: como não amar um garoto com aquele rostinho? xD hahaha, parei. Enfim, concordo sobre isso que você citou sobre ele. Acho que o Dio tem uma ligação forte nessa história toda, porque ele insiste em ajudar a protagonista Aya.
    Bem, parabéns por esse texto! Espero que fale de outros jogos bons para deixar as pessoas se interessarem mais por eles. Esses tipos de jogos são realmente encantadores e marcantes.

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    1. Obrigado, Pam Styles! Fico feliz que tenha gostado. Mad Father adora nos rechear de dúvidas, de modo que se torna quase impossível acreditar que o pai que fez tantas coisas ruins à Aya, direta e indiretamente, também fez com que ela desejasse seguir esse caminho. Bem, como isso não fica claro no final verdadeiro, acho que conta apenas como uma teoria... Uma teoria bem torturante.
      Em relação a gráficos, história e música, tanto Mad Father quanto Castelo Mogeko conseguem ser perfeitamente memoráveis. Acho que eu nunca vou esquecer da experiência que tive com esses dois, hehehe'.
      O Dio é gentil, bonito, esforçado e ainda sobreviveu ao pai da Aya! É difícil não amar, haha ^^ (e ele, assim como Ogre, continuará sendo um dos maiores mistérios do jogo. Você tem alguma teoria que possa explicar quem os dois são, já que dificilmente devem ser humanos?).
      Mais uma vez, obrigado! De verdade, eu demorei mais do que esperava pra escrever esse texto e tirar as partes desnecessárias para ele não parecer monótono ou extenso demais. :v Existem muitos outros jogos que conseguem encantar e marcar tanto os jogadores que eles nem percebem o porquê, quem sabe eu não fale de mais algum deles no futuro?

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  13. L.C, dos posts de teorias de outros sites que eu vi até agora, o seu foi um dos mais formais e mais corretos que eu já vi! Tudo bem organizado, teorias muito bem contadas e opiniões muito boas. Se eu shippo Aya com Dio? Pfft, É CLARU (você já sabia).
    Amei esse post, repetindo, um dos melhores. Parabéns.

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    1. Eve, fiquei até sem palavras depois de ler isso. Eu dei o meu melhor para escrever esse texto e deixá-lo bem completo. Um "obrigado" meu é muito pouco para esses agradecimentos tão especiais, você é fantástica por ter valorizado meu trabalho. Se eu sofro por shippar Aya e Dio mesmo sabendo que jamais daria certo? Pfff, É CLARO QUE SIM.
      Poder ler isso me inspira demais a continuar assim. Agradeço por você ter comentado!

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  14. Me ajudem pfv.. eu baixo o jogo mas eu não sei abri-lo
    Nunca consegui baixar jogos no meu pc, não sei :(
    Quando chega no winRAR o que devo fazer?

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    1. Clique com o botão direito do seu mouse no arquivo do WinRAR e aperte Alt + E (abrirá uma nova janela de extração do arquivo, eu recomendo você clicar duas vezes na Área de Trabalho e depois em "Ok" por facilidade de achar o arquivo extraído, mas se você houver uma pasta específica, procure-a dentro dessa mesma janela, selecione-a e clique "Ok" para extrair o arquivo nela).

      Agora que você extraiu o jogo, vá para o local para onde você o extraiu (no caso da Área de Trabalho, apenas vá para a "entrada" inicial de quando você inicia o computador e abra a pasta. Se você extraiu pra alguma pasta já existente, procure-a e abra-a) e clique em "Game" algumas vezes para jogar.

      Desculpe se eu expliquei de uma forma metódica demais, quaisquer dúvidas só responder aqui. ^^

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  15. Nho <3 Ótimo post. E hey, uma perguntinha, um homem brasileiro ta fazendo um rpgmaker de Five Nights At Freddy's (FNAF) e vai lançar ano que vem. Quando ele lançar, vocês vão postar aqui no site?

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    1. Olha, eu não tava sabendo desse jogo, mas agora com certeza vou dar uma procurada. A maioria da nossa equipe curte FNAF e, se o jogo for bom, por que não apareceria por aqui? E ainda seria prático se o fizessem em português. Caso possa, mande aqui no comentário os links de onde você viu essas informações a respeito do jogo. Obrigado pela recomendação, Renata. <3

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  16. Ya.
    Ótimo post, tem algumas coisas que eu havia percebido e outras que sinceramente nem pensei muito a respeito (como por exemplo a afeição pela Aya, eu gosto dela, mas nunca tinha parado para pensar "por que?"), mas você conseguiu expressa-las de uma forma muito boa!
    No meu caso, mesmo a Aya se esforçando tanto para salvar o pai, eu particularmente passei o jogo inteiro sem me importar com o destino dele (de fato, mesmo nos flashbacks eu achava ele muito suspeito), tanto que na primeira vez que joguei, na parte em que você deve escolher se salva ele ou se deixa a Monika leva-lo, eu deixei ela leva-lo sem hesitar (claro, depois dei load para ir pelo "outro caminho").
    Bem, eu tenho um certo nível de loucura também e esta não me permite sentir dó de suas vitimas...

    É isso.

    PS: "Eu sei que você shippa." Nãããão, eu não.

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  17. ótimo post!
    No final, fiquei em duvida se Aya tinha virado uma doutora, ou se tinha seguido os passos do pai ;-;

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  18. mas falando sério, parece um livro falando sobre mad father :v

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  19. Mad Father me lembrou muito Clock Tower, se senti como se estivesse jogando um fan game do mesmo!! Tem Otima historia, e com graficos bem polidos ficou muito acima da média dos games que usam apenas RTP!! Esse game deixou muito usuario de rpg maker pasmo, afinal é feito com um programa free, o wolf rpg editor!!!!

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  20. "eu sei que você shippa"
    Pqp, saporra me conhece o.o
    (fui descorberta e-e)

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  21. Dio sabia que ela poderia se tornar demente como o pai. Afinal, além de brincar com uma serra elétrica, ela também guardava cadáveres de animais no armário, assim como o pai. Talvez por isso Dio quis tirá-la daquele lugar, para salvá-la do destino. Talvez por isso ele avisou que queria ser lembrado com o resto das vítimas. Não para não ser esquecido por não ter ninguém, mas para que ela NUNCA, JAMAIS esquecesse o ocorrido para não cometer o mesmo erro que o pai. Bom, infelizmente o aviso não foi o bastante para impedir tamanha loucura...

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  22. Então.. Recentemente eu acabei descobrindo um pouco sobre o Dio. Eu sou suspeita para falar, mas para mim o único com "sanidade" do jogo é ele e eu adoro esse menino (Apesar de eu ter certa cisma com loiros, vivo tendo pesadelos com eles). Enfim! Aqui tem um video de alguém jogando um "secret" de Mad Father que revela um pouco sobre o Dio e dá um gancho para uma deliciosa continuação!

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  23. Ops! Esqueci de mandar o link! Pardon!
    https://www.youtube.com/watch?v=GAiJwL9O9Hg

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  24. "eu sei que você shippa" COMO VOCÊ DESCOBRIU NEH

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